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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

egipto sem p


hemácias faciais, imagem da casa

o que se está a passar no egipto é importantíssimo, não só para áfrica, como também para nós, ocidentais. é o futuro de toda uma civilização global que está em jogo. não tenho muito bem a certeza, sou muito novo, mas parece-me que este é o primeiro movimento de revoltas genuinamente popular a acontecer numa aldeia global e num país não ocidental.

de uma forma lacónica, este processo que começou na tunísia, julgo, pode ter dois resultados: a chegada da verdadeira democracia a áfrica, que com todos os seus defeitos é mil vezes melhor que as ditaduras impostas; ou a imposição de regimes ainda mais autoritários. independentemente do que isso significa para o egipto, para nós ocidentais isto pode valer como incentivo ao protesto ou, por outro lado, levar ao medo, porque afinal de contas as revoluções ainda que feitas por populares, não vão de encontro à vontade geral, tendo muitas vezes consequências nefastas como sangue, feridas, fracturas, infecções, miséria, violência.

o egipto, que há muito havia perdido o poder (o popular), decidiu revoltar-se e mostrar que um cidadão pode não mandar nada, mas que só no cairo há 20 milhões e que esses sim são o egipto, esquecendo os exércitos, governantes, fronteiras. os países são as pessoas, os povos, as culturas. e uma revolução por semana dava jeito para não nos esquecermos disso.

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