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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

"não vás já! bebe mais um copo"


oficina de escrita, portefólio pt 1ºp. 2010

porquê acabar tão cedo? peca a eternidade de parcimónia? bem-vindos ao passado, ao presente e ao futuro, que estou com insónias e perco-me nos tempos. sempre soubeste os números, e teu nome é o desespero de viver. viver menos que absolutamente, ser livre tão pouco como apenas muito, é pecado, crime, é peso no peito. temos a eternidade para viver, mas também ela passa, ou somos nós que passamos, ou somos passados. não é preciso um sentido, uma razão. tudo ao acaso e tudo como é hoje. bastava um bêbado ter acertado na sanita enquanto mijava e o mundo diferente, completamente.

o mundo é um sonho, uma embriaguez, um acesso de loucura, uma doença do foro psicológico, uma diarreia, uma gripe, uma dor de pés, ai dentes para que vos quero que só me fodeis, e tudo de mau é mundo e vida. também o bom mas esse deixa-o estar que não se escreve, vive-se que só sendo vivido ele é absolutamente. livre, são e sábio. e nós andamos às voltas, sem saber para onde vamos, peças de um jogo que alguém quis jogar, aproveitemos para ver jogar.

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